A imagem da sua empresa no mercado.
Publicado em: 24/05/2023
Atualizado em: 29/11/2024
Por Fernando Blanco (parceiro de conteúdo da ANTECIPA)
Vamos falar de aparências? Ou de conteúdo? Dos dois, pois é assim na vida e é assim no crédito!
Você concorda que gente mal-vestida, com mau hálito, gestos abrutalhados ou aparentando malandragem, tem mais dificuldade de arrumar namorada(o), para conseguir emprego e clientes? Lógico, né, afinal queremos distância de pessoas que têm uma imagem ruim.
É psicológico. Nem precisamos elaborar muito, vem de dentro, causa repulsa.
Nas coisas da vida mundana, dizemos que estas pessoas causam má impressão. Mas na vida corporativa imagem ruim remete a falta de profissionalismo. E isso é mortal para qualquer negócio.
A imagem de uma empresa é formada a partir de diversos sinais emitidos por ela (e seu empresário) e captados por seus clientes, fornecedores, funcionários, investidores, autoridades públicas … e bancos!
Atenção: uma empresa não precisa estar atolada na Lava Jato para ter uma imagem ruim perante seus stakeholders (partes relacionadas). Coisa pequenas, que passam desapercebidas a um olhar mais atento, causam estragos imensos.
Os exemplos são muitos — muitos mesmo — e seus impactos serão maiores ou menores dependendo do perfil da empresa, do setor de atuação, da região etc. Alguns exemplos específicos que incomodam bancos (e todo mundo):
- Pequenas atitudes eticamente questionáveis.
- Ausência de demonstrações financeiras.
- Empresário que desconhece detalhes financeiros da sua empresa.
- Ausência de bons sistemas de controle gerencial.
- Equipe desmotivada, mal treinada, desrespeitosa.
- Instalações físicas mal-cuidadas.
- Moral da equipe.
- Etc., etc., etc.
No entanto — e infelizmente — é assim que a imensa maioria dos empresários brasileiros se apresenta para os bancos em busca de crédito: totalmente desarrumados! Ou em outras palavras, transmitindo falta de profissionalismo!
Voltemos ao exemplo do cidadão em sua vida cotidiana? Ele (ou ela) pode ter a inteligência de Einstein e a generosidade da Madre Teresa de Calcutá, mas se tiver maus hábitos de higiene e se vestir como um mendigo, terá imensas dificuldades para se dar bem na vida.
E a sua empresa, por mais produtiva que seja, será sempre mal-vista por quem não a conheça por dentro. Acontece que projetando uma imagem muito ruim poucos terão interesse de conhecê-la com profundidade.
Ou seja, empresa que transmite uma imagem ruim repele potenciais bons funcionários, bons clientes, bons investidores … e bancos.
O pior é que muitas empresas fazem o mais difícil, que é desenvolver um bom produto ou serviço, mas aí na hora de se mostrar ao seu mercado se apresenta de forma inadequada.
Eu tenho dificuldade para entender isso, afinal é tão mais simples tomar atitudes empresariais, tais como:
- Cuide da aparência física: pintura, sinalização, iluminação.
- Cuide da sua equipe: postura, motivação, uniformização.
- Cuida da sua comunicação: logo, site, folders, textos, imagens.
- Cuide dos relacionamentos: com a mídia, como receber e visitar clientes, fornecedores, investidores e bancos.
- Cuide da gestão: gestores qualificados, sistemas de controles financeiro e operacional.
- Cuide do futuro: crescimento profissional da equipe, sua sucessão.
Eu, com meus 35 anos de vida corporativa, acho muito mais complicado tirar um negócio do chão, do zero, e colocá-lo em pé, do que dar a ele uma aparência profissional.
Cuide da sua imagem e colha frutos que você nem imagina que existem. Palavra de quem passou muitos anos da vida avaliando imagem empresarial — e constatou que quem se apresenta bem capta crédito bem mais barato!
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Fernando Blanco é presidente do IDCC — Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito (www.idcc.com.br) e parceiro de conteúdo da ANTECIPA. Ocupou posições de Presidente de seguradoras de crédito e de Diretor de bancos. É consultor, mentor e professor de crédito, liderança, estratégia e empreendedorismo. Também é coautor do livro Os 7 Passos para o Melhor Relacionamento Bancário e atua como mentor do Instituto Endeavor.